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Estratégias inteligentes para implementar controles de segurança

Garantir a segurança da informação é um desafio crescente para organizações de todos os portes. Com ameaças cada vez mais sofisticadas e os recursos frequentemente limitados, como equilibrar a proteção eficaz de ativos críticos e o custo das medidas de segurança?


A resposta está na escolha criteriosa de controles de segurança, utilizando estratégias como a análise de risco-benefício, a defesa em profundidade e a proporcionalidade. Além disso, é fundamental alinhar as iniciativas de segurança aos objetivos organizacionais e obter o apoio da liderança para justificar investimentos.


Neste artigo, vamos explorar como implementar uma abordagem estruturada para selecionar controles de segurança que sejam eficazes, proporcionais aos riscos enfrentados e alinhados às metas estratégicas do negócio.



controles segurança informação organizacional

 

1. Proporcionalidade e relevância dos controles de segurança

 

O primeiro passo para selecionar controles adequados é entender o equilíbrio entre risco e benefício gerado pela medida de segurança aplicada.


Para isso, durante a análise de risco as seguintes perguntas devem ser respondidas:

  1. Qual o custo para implementar o controle de segurança?

  2. Qual o possível impacto financeiro gerado pelo risco?


Idealmente, o custo com a implementação do controle deve ser inferior ao custo do impacto, caso o evento do risco se concretize. Afinal, a proporcionalidade é fundamental para evitar desperdícios. Se o custo de implementar uma medida de segurança for muito superior ao impacto que o risco poderá causar, é melhor que a empresa adote a postura de assumir o risco.

Por exemplo, gastar R$ 10.000 em um controle de segurança para um risco com impacto de R$ 1.000, não é viável.


Mas atenção, esta análise deve considerar todos os impactos, inclusive os riscos reputacionais que podem até inviabilizar o negócio. Portanto, se há um risco reputacional envolvido, é bem provável que a empresa deva adotar controles para mitigar o impacto.

 

 

2. Defesa em profundidade

 

A defesa em profundidade é uma estratégia de segurança que utiliza múltiplas camadas de proteção para reduzir o risco de ataques bem-sucedidos. Em vez de confiar em um único controle, essa abordagem reconhece que cada camada pode falhar e, por isso, combina diferentes medidas que atuam de forma complementar.


O principal da defesa em profundidade é envolver diversificação de controles. A ISO 27001, por exemplo, divide os controles em quatro áreas:


A. Controles organizacionais

  • Políticas e processos claros: Estabelecem as diretrizes e regras para proteger informações e sistemas.

  • Gestão de riscos: Identifica e prioriza ameaças e vulnerabilidades.

  • Monitoramento e auditorias: Garantem que os controles estejam funcionando conforme planejado.


B. Controles técnicos

  • Firewalls e sistemas de detecção de intrusão: Monitoram e restringem o tráfego de rede.

  • Autenticação multifator (MFA): Reduz o risco de comprometimento de credenciais.

  • Gerenciadores de senhas: Facilita o uso seguro de senhas complexas.

  • Criptografia: Protege dados em trânsito e em repouso contra acesso não autorizado.


C. Controles Humanos
  • Treinamento e conscientização: Ensina os colaboradores a reconhecer e responder a ameaças, como phishing.

  • Cultura de segurança: Incentiva comportamentos seguros e responsabilização no uso de recursos.


D. Controles Físicos

  • Acesso controlado a instalações: Restringe a entrada de pessoas não autorizadas.

  • Proteção de equipamentos: Garante a segurança de dispositivos que armazenam dados sensíveis.

  • Monitoramento por câmeras e alarmes: Dissuade ações mal-intencionadas e facilita investigações.

 

 

2.1. Defesa em profundidade na prática

 

Toda organização precisa de uma política de senhas fortes. Esta política, normalmente, inclui diretrizes como: mínimo de 12 caracteres; combinação de letras minúsculas e maiúsculas, números e caracteres especiais; autenticação multifator (MFA); e proibição de anotar senhas.


Contudo, confiar exclusivamente no comportamento humano é arriscado. Mesmo colaboradores bem-intencionados cometem erros. Por isso, é importante combinar controles técnicos com políticas organizacionais. Como medida, a empresa por adotar o uso de gerenciadores de senhas para reforçar a regra de "não anotar senhas".


Por exemplo, para proteger credenciais de usuários:

  • Organizacional: Políticas de segurança e uso aceitável.

  • Pessoas: Treinamento de conscientização e promoção de uma cultura de segurança.

  • Físico: Garantir que senhas não sejam expostas (ex.: post-its em monitores).

  • Tecnológico: Implementar requisitos técnicos de complexidade de senha.


Ao combinar esses elementos, a organização constrói uma defesa integrada contra riscos específicos.

 

 

3. Apoio da liderança e alinhamento com os objetivos do negócio


Para justificar o investimento em segurança, também é essencial vincular os objetivos de segurança da informação às metas estratégicas da organização, como: aumento de lucros; maior participação de mercado; e melhoria na produtividade.


A liderança costuma ver os gastos com controles de segurança como um custo, até que a falta de investimentos em segurança começa a gerar perdas financeiras ou danos reputacionais. Por isso, é importante entender que a segurança da informação protege a receita, reduz os riscos e evita prejuízos catastróficos que poderiam comprometer a continuidade do negócio.

 

 

Conclusão

 

A escolha de controles de segurança eficazes é um exercício de equilíbrio entre mitigação de riscos, custos e alinhamento estratégico. Aplicar uma análise de risco-benefício, adotar a defesa em profundidade e priorizar a proporcionalidade garante que os recursos sejam direcionados para as áreas de maior impacto.


Além disso, o apoio da liderança é essencial para sustentar os investimentos em segurança da informação. Vincular os controles aos objetivos organizacionais, como aumento de produtividade e proteção da reputação, facilita a tomada de decisões estratégicas e assegura o comprometimento de toda a organização.


Com uma abordagem estruturada e integrada, sua empresa estará preparada para enfrentar ameaças, proteger ativos críticos e promover a continuidade do negócio em um ambiente de riscos cada vez mais complexos. A segurança da informação, quando bem implementada, não é apenas uma proteção – é também um diferencial competitivo que sustenta o crescimento no longo prazo.


 

 

Quer ajuda para implementar controles de segurança eficazes e que atendam as especificidade de sua organização? Nossa equipe de especialistas pode ajudar sua empresa a realizar análises de risco, implementar estratégias de defesa em profundidade e alinhar a segurança da informação aos objetivos do seu negócio.


Entre em contato conosco hoje mesmo: contato@totalprivacy.com.br.

Garanta a proteção dos seus ativos críticos com soluções que fazem sentido para a sua realidade!


 

 


Julio Cesar Segantini

Consultor de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais


Julio é um profissional experiente com mais de 35 anos no mercado de TIC e 20 anos em consultoria empresarial. Possui pós-graduações em Marketing, Perícia Forense Computacional e Consultoria Empresarial, além de um MBA em Negócios Digitais e Inteligência Financeira. Sua expertise em gestão e tecnologia aliados a suas certificações internacionais em privacidade e proteção de dados o torna um profissional completo e altamente qualificado para auxiliar as empresas em seu compliance com a LGPD.


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